Golpe do cartão trocado cresce no Brasil: veja como se proteger
Assim como a tecnologia dos cartões de crédito evolui, os golpes envolvendo meios de pagamento também se sofisticam. Um dos mais comuns no Brasil atualmente é o “golpe do cartão trocado”, em que o criminoso fica com o cartão da vítima e devolve outro idêntico, usando o original para compras e saques antes que o golpe seja percebido.
Um caso emblemático aconteceu com Lucas Hiroshi, influenciador digital de 25 anos, que perdeu R$ 4 mil em São Paulo ao tentar comprar uma garrafa de água por R$ 3 de um ambulante. O episódio foi relatado por ele no TikTok. Um agravante: o cartão não tinha o nome do titular impresso.
Segundo Hiroshi, o caso ocorreu na Zona Oeste da capital, em Pinheiros, durante o feriado de 15 de novembro. O vendedor alegou que o pagamento por aproximação não funcionava e pediu o cartão físico. Após várias tentativas com falha, a compra acabou sendo feita por Pix. Nesse processo, o cartão foi trocado sem que a vítima percebesse.
Cerca de meia hora depois, surgiu uma compra suspeita de R$ 900. Mesmo após o bloqueio do cartão, ainda foram realizados dois saques de cerca de R$ 1.000 cada, além de outras compras, totalizando o prejuízo.
O cartão era múltiplo (débito e crédito), do Mercado Pago. Hiroshi e outras vítimas entraram com ação contra a instituição, que informou ao g1 que disponibiliza ferramentas de segurança no aplicativo e orienta atenção redobrada no uso do cartão.
Como se proteger do golpe do cartão trocado
Especialistas alertam que outros golpes, como aproximação indevida e maquininhas adulteradas, também estão em circulação. Para reduzir os riscos, algumas medidas são essenciais:
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Nunca entregue o cartão ao vendedor; aproxime você mesmo da maquininha
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Se o pagamento por aproximação falhar, tente outra máquina
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Persistindo o erro, prefira Pix ou dinheiro
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Desconfie se a maquininha pedir para inserir o cartão após erro de aproximação
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Confira sempre o valor no visor antes de confirmar
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Ative alertas de transação no aplicativo do banco
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Acompanhe a fatura com frequência
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Se usar pouco, desative o pagamento por aproximação
Em caso de movimentação suspeita, o contato com a instituição financeira deve ser imediato.
